quarta-feira, 19 de outubro de 2005

: último desejo


eu não sou você, não sou eu, não sou ninguém.
não posso responder por mim, nem por minhas escolhas.
há muito deixo que os sentimentos me tomem conta
e façam as opções que acredito serem as corretas
existem muitos motivos e, para eles, poucas palavras.
falo pouco porque se tiver que magoar, magôo pouco.
falo pouco porque se tiver de me afligir, será lentamente.
falo pouco porque sei que não falo por mim.
digo por esse alguém, que desconheço:
eu não sou você, não sou eu, não sou ninguém.
o que me importa agora é desobrigar-me do egoísmo,
mas não posso ser assim, porque não sou assim.
sendo assim, nem me desobrigarei do meu contentamento,
talvez eu também me sinta dessa forma.
só existe em minh’alma, o desejo de ser compreendido,
o propósito de, cedo ou tarde, ser puramente absolvido,
na tentativa de me esbarrar em mim, em você, em vocês
e dar-lhe conta do verdadeiro sentido dos meus sentimentos.

(...)

acredite, o mais importante e salutar e o mais provável
tornar-se-ão efetivos, mesmo que a troco do nosso sorriso,

às duras penas da aparente debilidade das suposições
e da fortificação da dor e da saudade e do perdão.

2 comentários:

Anonymous disse...

vejo nessas palavras os sentimentos de alguém que não sabe que caminhos seguir... ou afoga-se devez no passado ou encara de uma vez por todas o presente.
entendo essa sua dúvida e espero que vc tome a decisão certa pra seguir a sua jornada.
só te digo amigo, que entregar-se a solidão pode ser mais doloroso do que imaginamos...as quem sabe vc precisa passar por tudo isso.
se cuide
beijos
Elena

Anonymous disse...

"Concordo plenamente com o que Elena escreve e vou além: continuo achando injusto o entregar-se à solidão, o afogar-se no passado, quando, no presente, existe alguém ao seu lado disposto a.

Ainda que não espere mais, continuo aqui...

E"