terça-feira, 20 de dezembro de 2005

:: venha sem mim


ando sempre esquecendo.
da primeira vez esqueci o bruno, a leila...
e agora foi com a simone.
sem me dar conta que os hermanos
estavam na mala, guardados.
ando sempre esquecendo...
da primeira vez esqueci a razão, meu tino.
e agora foi com a insegurança.
sem me dar conta que meu carinho
estava guardado em você.
ando mesmo sempre esquecendo
[aliás] quero sempre mesmo estar esquecendo,
para ver se um dia chega o dia
em que não precise mais ver
que volta [também] por conta das coisas
[bruno, leila, simone, hermanos,
razão, tino, insegurança, carinho]
que esqueço, deixo-as com você.
quero que esqueça sua alma dentro da minha.
e voltará não mais para me devolver algo
e levar outro sem seu consentimento.
mas sim para se encontrar em mim:
quando esquecerei de esquecer, finalmente.
porque de tantas idas e vindas
estará já em mim, inseparável.
esquecido em meu ser.
[...]
no entanto, vou esquecendo.
pacientemente.
de propósito.