quarta-feira, 19 de outubro de 2005

:: desassossego


não seja paixão
nem coisa de pele
talvez se revele
ou quem sabe não

não seja queimor
nem coisa de vício
talvez desperdício
ou quem sabe amor

sinto revolver
aqui bem por dentro
sou mais um detento
do saber de você

velo na separação
de perto disfarço
e não me desfaço
dessa condição

amo seu jeito
seu tudo imperfeito
e o que sente por mim

é coisa de feição
fantasias do coração
desassossegado assim

[19.10.2005]

5 comentários:

Vi disse...

Belíssías palavras, táo vividas, sentidas. Adorei teu blog, voltarei para apreciar tua escrita.

Beijinhos

Maria do Céu Costa disse...

Um post de palavras com vivacidade que desaguam no desassossego. Beijinhos.

Anonymous disse...

"Vi-me escrevendo esse poema para thi. As palavras não podiam ser mais exatas, especialmente nas quatro últimas estrofes...

E"

Leo Costa disse...

que lindo, thiago, lindo, bravo, bravo... que a solidão que dizes sentir agora não sirva apenas para escrever belas poesias, mas para te mostrar o quanto podes.

Achei que tinha desistido do blog. que bom que voltou. Um dia eu copio e colo!

Luise disse...

Thi,
E quando não mais soubermos, estaremos/ seremos amantes...