saudade que se passa
é pé-de-vento na terra
chuva fina lá na serra
que só destino abraça
saudade que se passa
é gosto de incompleto
não mais ter por certo
se não mais fracassa
saudade que se passa
é eterno fim de tarde
ânimo de ser covarde
dor que descompassa
saudade que se passa
é de espécie desvalida
é de amor à despedida
sem que lábios satisfaça
saudade que se mata
é ver sol pelas veredas
nostalgia que degreda
ao som de uma sonata
saudade que se mata
não passa ou escraviza
a que se mata, eterniza.
desejo que se arrebata
saudade que se passa
daquelas que não se mata
corrói aos poucos, maltrata
leva da vida sua graça
Nenhum comentário:
Postar um comentário