não quero você por perto
não quero o que acho que é certo
como o falso prazer em apertar sua mão
já suei demais por seu riso
quando na verdade pouco preciso
dele e de sua forçada e crível encenação
finja que me conhece pouco
faça-se de idiota e me faço de louco
porque esse teatro desgasta meu coração
quero seu silêncio de presente
esconda de vez seus fartos dentes
acho que alguém aí precisa de correção
viva intensamente o que gosta
invés de colecionar falsas amostras
pelo vil propósito de ser a grande atração
me deixe de banda
me deixe esquecido
me deixe banido
me larga, se manda
me deixe sozinho
me deixe de lado
me deixe falado
mas sai do caminho
me deixe quieto
me deixe anônimo
me deixe sinônimo
de seus desafetos
e, quiçá, em um dia confuso
se faça amistoso seu sorriso obtuso
e se arrependa por tudo que o fez ser vão
Nenhum comentário:
Postar um comentário